3 AULA - BION

Tópico para discussão e suas dúvidas do texto de Bion.

Cada membro individual é valorizado por sua contribuição ao grupo e possui liberdade de movimentos dentro dele, com sua liberdade de locomoção sendo limitada apenas pelas condições geralmente aceitas,ESPERADAS E IMPOSTAS PELO GRUPO. Como fica a subjetividade do individuo diantes destas ''regras'' e como o grupo afeta o individuo? e o individuo afeta o grupo?

Boa noite!!
Sobre o glossário, ficou tranquilo o que conversamos em aula e o resto que eu li não tive muitas dificuldades... Eu vi num outro material, num livro do David Zimerman, uma fala na qual citava Bion e os aspectos heredo-constitucionais de cada indivíduo, como ele valorizava isso... a parte genuína de cada um, parte biológica. Me pergunto como ficaria/seria feita, essa valorização num momento grupal? Além disso, acho importante também e me chama bastante atenção os aspectos conscientes do indivíduo (esse olhar psicanalítico para além do ICS) que ocupam um grande espaço da nossa vida psíquica.. O início da vida consciente e quando o bebê começa a diferenciar o “eu” do mundo externo, passa a existir essa diferenciação, acho que no caso da passagem da esquizo-paranoide para a posição depressiva de Klein e então, uma possível relação aos supostos básicos... Essa relação entre as posições e os supostos básicos não ficou muito clara pra mim... Não sei se consegui me expressar muito bem nessa última parte
até quinta!

Olá pessoal! Lendo sobre os supostos básicos (SB), aspectos que acredito ser de grande importância para compreensão da teoria de Bion, fiquei em dúvida se o grupo operativo TAMBÉM pode ser regido por algum dos SB, ou o fato de ser operativo torna-o incompatível com os SB?

Oi colegas, encontrei um livro muito interessante: "Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise", do Zimerman.

Coloco aqui o link do meu Drive para seu PDF https://drive.google.com/open?id=1IOqZmTlhWGipVDJXmLCW6sRtIwnW7vaN

Também está disponível na biblioteca virtual.

São 900 termos e verbetes. Vale a pena!

Abraços

Victória Nader escreveu:Boa noite!!
Sobre o glossário, ficou tranquilo o que conversamos em aula e o resto que eu li não tive muitas dificuldades... Eu vi num outro material, num livro do David Zimerman, uma fala na qual citava Bion e os aspectos heredo-constitucionais de cada indivíduo, como ele valorizava isso... a parte genuína de cada um, parte biológica. Me pergunto como ficaria/seria feita, essa valorização num momento grupal? Além disso, acho importante também e me chama bastante atenção os aspectos conscientes do indivíduo (esse olhar psicanalítico para além do ICS) que ocupam um grande espaço da nossa vida psíquica.. O início da vida consciente e quando o bebê começa a diferenciar o “eu” do mundo externo, passa a existir essa diferenciação, acho que no caso da passagem da esquizo-paranoide para a posição depressiva de Klein e então, uma possível relação aos supostos básicos... Essa relação entre as posições e os supostos básicos não ficou muito clara pra mim... Não sei se consegui me expressar muito bem nessa última parte
até quinta!

A primeira parte da tua pergunta é bem interessante e recorrente (acho que o Alexandre também questionou). Ela se entrelaça com meu questionamento dos grupos de trabalho (GT) e dos grupos de pressupostos básicos (SB). Acredito que nos GT a parte consciente do sujeito fica mais evidente e está a serviço do propósito do grupo. Já nos SB observa-se a predominância dos aspectos inconscientes de cada indivíduo, mas que estão de alguma maneira em concordância grupal.

Pesquisando encontrei algumas colocações interessantes (Zimerman, 2008):
"Existe um conflito entre um indivíduo (portador de idéias novas - o que Bion chama de gênio) e o "establishment" no qual está inserido."
"Para Bion, o grupo precede o indivíduo, isto é, as origens da formação espontânea de grupos têm suas raízes no grupo primordial, tipo horda selvagem, tal como FREUD a estudou."
"A cultura grupal consiste em uma permanente interação entre o indivíduo e o seu grupo, ou seja, entre o narcisismo e o socialismo."
"O modelo proposto para a relação que o indivíduo tem com o grupo é o da relação continente-conteúdo, a qual comporta três tipos: parasitário, comensal e simbiótico."

Essas afirmações me ajudaram a compreender melhor essa relação sujeito-grupo.
Abraço

Boa tarde pessoal!!!
Reli os textos de Bion, agora com mais entendimento devido às aulas que tivemos sobre o assunto, e me surgiram algumas dúvidas.
Quando Bion se refere ao "bom espírito de grupo", acredito que esse conceito se encaixe apenas em grupos com psiquismos mais maduros, certo? Visto que grupos com psiquismos mais primitivos, por não terem tolerância à frustração, podem não ter uma capacidade de absorver ou perder novos membros sem perder a individualidade, por exemplo. Fiquei pensando também se a hostilidade que os grupos desenvolvem se opondo ao seu crescimento e/ao desenvolvimento que Bion descreve poderia relacionar-se com a ideia de pulsão de morte de Freud, visto que seria uma forma de fugir do amadurecimento, algo que seria positivo para o grupo. Em algum momento, Bion também afirma que a linguagem do grupo Sb se aproxima mais da do psicótico do que a do neurótico, fazendo uma analogia com os elementos beta. Fiquei pensando se, nos grupos de trabalho, por serem grupos com psiquismos mais maduros, pode-se fazer uma analogia de sua linguagem com os elementos alfa.
Além disso, gostaria de uma explicação sobre a relação continente conteúdo com os supostos básicos, abordada bem no começo do capítulo 3 de "Bion e os grupos", e da coexistência entre os grupos de trabalho e os grupos (Sb), pois não entendi bem. 7
Beijo!!

Oii pessoal, eu achei bem interessante todo o processo de leitura do Bion, mas principalmente a sua história, que caracteriza tanto a suas práticas teóricas. Sobre o glossário, acredito ter sanado as minhas dúvidas em nossa última aula, porém, ainda me questiono sobre a parte psicótica da personalidade e de como ela é formada no contexto grupal.

Alessandro Silveira escreveu:Olá pessoal! Lendo sobre os supostos básicos (SB), aspectos que acredito ser de grande importância para compreensão da teoria de Bion, fiquei em dúvida se o grupo operativo TAMBÉM pode ser regido por algum dos SB, ou o fato de ser operativo torna-o incompatível com os SB?

Se não me engano, teve uma aula que a Raquel perguntou isso para a professora e ela disse que sim, que grupos operativos também eram regidos pelos supostos básicos. Os SB acontecem em grupos, independente de serem operativos ou não. Acho que se pensarmos em "grupo operativo/de trabalho" como um grupo que tem uma tarefa comum para cumprir, nossa turma pode ser usada como exemplo desse tipo de grupo e acho que se identificam as passagens pelos supostos básicos a medida que os semestres foram avançando. Não foi em uma aula com a professora Sinara que se falou sobre isso? Era algo sobre grupos, e ela usou nossa turma como exemplo. Não acho que era especificamente sobre a teoria de Bion, mas algo semelhante, que também era uma divisão em etapas para a formação de grupos operativos, e se falava sobre a etapa de estranhamento, a etapa de achar os iguais e fechar-se nisso e, por fim, a etapa de todo mundo junto por um mesmo propósito.

Boa noite gente!! Relendo o glossário e também as colocações que anotei da Prof. na última aula ficaram bem mais claros os conceitos de Bion.
Porém, ainda fico com dúvidas em relação ao conceito de "coisa em si", que seria também chamada de realidade última ou "O".
Gostaria de saber se ela constitui a verdade de cada momento, já que a coisa em si se apresenta como algo que é impossível de se conhecer, gostaria de saber também como esses conceitos se aplicam na análise grupal.
Ainda, fica a dúvida também em relação ao conceito de númeno (seria a essência de algo, aquilo que faz algo ser o que é?)
Baseando-se na significação para Kant, ele diz que "a razão humana não tem capacidade de alcançar puramente as coisas do jeito que as coisas são, o que chega em nós é uma percepção intermediada pela nossa maneira de conhecer as coisas" - Partindo desse princípio, como o analista veria o sofrimento do analisando REALMENTE do jeito que ele está passando na análise?
Beijos, até amanhã.

Maria Fernanda Nieves escreveu:

Alessandro Silveira escreveu:Olá pessoal! Lendo sobre os supostos básicos (SB), aspectos que acredito ser de grande importância para compreensão da teoria de Bion, fiquei em dúvida se o grupo operativo TAMBÉM pode ser regido por algum dos SB, ou o fato de ser operativo torna-o incompatível com os SB?

Se não me engano, teve uma aula que a Raquel perguntou isso para a professora e ela disse que sim, que grupos operativos também eram regidos pelos supostos básicos. Os SB acontecem em grupos, independente de serem operativos ou não. Acho que se pensarmos em "grupo operativo/de trabalho" como um grupo que tem uma tarefa comum para cumprir, nossa turma pode ser usada como exemplo desse tipo de grupo e acho que se identificam as passagens pelos supostos básicos a medida que os semestres foram avançando. Não foi em uma aula com a professora Sinara que se falou sobre isso? Era algo sobre grupos, e ela usou nossa turma como exemplo. Não acho que era especificamente sobre a teoria de Bion, mas algo semelhante, que também era uma divisão em etapas para a formação de grupos operativos, e se falava sobre a etapa de estranhamento, a etapa de achar os iguais e fechar-se nisso e, por fim, a etapa de todo mundo junto por um mesmo propósito.

Boa noite gente!!
Assim como a Maria respondeu, também entendi ,a partir das explicações da professora e da leitura dos textos, que os supostos básicos fazem parte dos grupos independentemente de serem operativos ou não.
Até amanhã!!

Alessandro Silveira escreveu:Oi colegas, encontrei um livro muito interessante: "Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise", do Zimerman.

Coloco aqui o link do meu Drive para seu PDF https://drive.google.com/open?id=1IOqZmTlhWGipVDJXmLCW6sRtIwnW7vaN

Também está disponível na biblioteca virtual.

São 900 termos e verbetes. Vale a pena!

Abraços

Obrigada, Alessandro!!

Boa noite!! Na última aula consegui tirar algumas das minhas dúvidas.
Gostaria de compreender melhor a parte psicótica da personalidade.
Até amanhã!!!

Olá, as duvidas que tinha e a que eu deixei no tópico passado, sobre supostos básicos, foram explicadas pelos colegas nesse tópico, por isso eu agradeço.

Maria Fernanda Nieves escreveu:

Alessandro Silveira escreveu:Olá pessoal! Lendo sobre os supostos básicos (SB), aspectos que acredito ser de grande importância para compreensão da teoria de Bion, fiquei em dúvida se o grupo operativo TAMBÉM pode ser regido por algum dos SB, ou o fato de ser operativo torna-o incompatível com os SB?

Se não me engano, teve uma aula que a Raquel perguntou isso para a professora e ela disse que sim, que grupos operativos também eram regidos pelos supostos básicos. Os SB acontecem em grupos, independente de serem operativos ou não. Acho que se pensarmos em "grupo operativo/de trabalho" como um grupo que tem uma tarefa comum para cumprir, nossa turma pode ser usada como exemplo desse tipo de grupo e acho que se identificam as passagens pelos supostos básicos a medida que os semestres foram avançando. Não foi em uma aula com a professora Sinara que se falou sobre isso? Era algo sobre grupos, e ela usou nossa turma como exemplo. Não acho que era especificamente sobre a teoria de Bion, mas algo semelhante, que também era uma divisão em etapas para a formação de grupos operativos, e se falava sobre a etapa de estranhamento, a etapa de achar os iguais e fechar-se nisso e, por fim, a etapa de todo mundo junto por um mesmo propósito.

Para complementar a resposta da Maria Fernanda, vou transcrever aqui um trecho do livro "Bion - da teoria à prática", do Zimerman, sobre o Grupo de Trabalho:
"Bion afirma que todo grupo opera sempre em dois níveis que são simultâneos, opostos e interativos, embora bem delimitados entre si. Um nível é o que ele denomina como 'grupo de trabalho', e o outro é o 'grupo de base' (ou de 'pressupostos básicos')."

Assim como a Camila Bento e o Pietro, eu também gostaria de saber mais a respeito da parte psicótica da personalidade, e de sua relação com o contexto grupal.
Conversando com uma amiga psicóloga sobre Bion, a mesma fez a seguinte afirmação: quando o grupo opera no nível dos pressupostos básicos, predominam aspectos psicóticos. Já quando o grupo opera no nível do grupo de trabalho, o que predomina são os aspectos não psicóticos (neuróticos).
Um exemplo dado foi o de uma turma na sala de aula. Nas atividades habituais, configura-se o grupo de trabalho. Contudo, quando ocorre uma briga entre os membros, é evidenciado o aspecto psicótico (nível dos pressupostos básicos).
Eu gostaria de saber se a professora concorda com esta relação, e se pode explicá-la um pouco melhor.

Boa noite. Achei o que vimos de Bion bem interessante e não fiquei com nenhuma dúvida. Assim como os colegas tenho vontade de saber mais da parte psicótica da personalidade. Obrigada!

Boa noite! Reli os textos de Bion, e os achei mais interessantes e os compreendi melhor agora devido às aulas e as colocações dos colegas aqui no fórum. Porém me surgiram algumas dúvidas sobre o pensamento vazio e "O".

Boa noite, acho que a oarte psicótica da personalodade foi um dos elementos que mais me chamou a atencao, por isso gostaria de saber mais sobre, especialmente em como se manifesta em grupos de diferentes contextos

Olá, de forma geral foi possível compreender bem graças as aulas que esclareceram bastante as dúvidas de todos. Apenas, como outros colegas, gostaria de saber mais sobre a parte psicótica da personalidade, por interesse nesse assunto.

Achei as aulas sobre Bion muito esclarecedoras e complementaram de forma positiva juntamente com os textos. Ainda assim, gostaria de entender melhor a respeito do pensamento vazio.

Boa tarde, as dúvidas que eu tinha sobre esse tema já deixei no tópico passado. Para mim, as aulas estão muito boas e esclarecedoras. Beijos!

Oii, boa tarde! A última aula sobre Bion e a leitura do glossário novamente, foram ótimos para tirar as minhas dúvidas. Mas gostaria de saber mais sobre a Perspectiva reversível.