2 AULA - BION

Tópico para discussão e suas dúvidas do texto de Bion.

sobre intuicão não deve ser confundida com adivinhação. Trata-se somente da capacidade do psicanalista se ligar a fatos que não são captados atraves dos orgãos dos sentidos, ficou meio confuso para mim! e o que seria penumbra de associação?

Oi colegas, boa noite!!
Primeiro, queria dizer que achei muito legal conhecer outros vários termos que nos aproximam mais da obra de Bion, gostei bastante!
Agora em relação as dúvidas:
1) Quando se fala em “grau de falsidade”, referente ao termo “Falsidade” do glossário, queria entender se esse grau é em relação ao entendimento do indivíduo sobre tal fato. Por exemplo, uma interpretação feita com o olhar do sujeito sobre alguma “Verdade”, já possuiria um certo grau de falsidade por ser um olhar, automaticamente, não neutro ( envolvendo a trajetória de vida do indivíduo, se é saudável ou nao, etc. ) Então, esse grau varia de acordo com a interpretação do indivíduo? Fiquei pensativa sobre, não sei se consegui me explicar
2) Quando li o termo “gêmeo imaginário”, pensei em Alter Ego.. Seria possível fazer essa analogia?
3) Quando fala-se em “mentalidade grupal”, é possível dizer que é algo variável de acordo com o momento em que o grupo vive? Isso se altera de acordo com a evolução e maturidade que é adquirida ao longo do tempo?
Beijos, até quinta!!!

As leituras no geral estão sendo bem tranquilas para mim, a última aula me tirou muitas dúvidas. Gostei de ler o glossário também porque com ele temos mais base sobre os textos.
Então a minha primeira pergunta é sobre o superego para Bion. Não ficou claro para mim o que é o superego para o Bion e como ficaria o ego e o id sem o superego, se ele é apenas uma parte do self do paciente psicótico?
E também, apesar de ser falado bastante na última aula, gostaria de saber mais sobre a formulação de Bion a teoria de Klein, da passagem da fase esquizo-paranoide para a depressiva, porque não ficou muito claro para mim a formulação dele. E como essas posições se relacionam com o grupo exatamente, fazendo um link com os supostos básicos?

As leituras no geral estão sendo bem tranquilas para mim, a última aula me tirou muitas dúvidas. Gostei de ler o glossário também porque com ele temos mais base sobre os textos.
Então a minha primeira pergunta é sobre o superego para Bion. Não ficou claro para mim o que é o superego para o Bion e como ficaria o ego e o id sem o superego, se ele é apenas uma parte do self do paciente psicótico?
E também, apesar de ser falado bastante na última aula, gostaria de saber mais sobre a formulação de Bion a teoria de Klein, da passagem da fase esquizo-paranoide para a depressiva, porque não ficou muito claro para mim a formulação dele. E como essas posições se relacionam com o grupo exatamente, fazendo um link com os supostos básicos?

Surgiu-me uma dúvida não exatamente ligada a um texto específico, mas acho que a todo um conjunto de textos. Pensando sobre a presença da figura materna nas teorias de Freud e Bion, e nas presenças das mães nas vidas particulares de ambos (menino de ouro para Freud, uma mãe distante para Bion) me surgiu a questão de: essa presença materna tão pulsante e tão vital para a formação da psique humana nas teorias de ambos não seria resultado da falta que Freud e Bion tiveram em suas vidas de uma mãe tal como eles idealizaram e desejaram (presente, fonte de segurança, estabilidade e afeto)? Sobre o glossário, não entendi o que é "patologia do conhecimento", e também fiquei com dúvida em "continente-conteúdo" quando exemplificaram com os gêneros feminino e masculino, dizendo que a mulher (continente) é "um lugar onde um objeto é projetado" e o homem (conteúdo) "é o objeto que pode ser projetado no interior do continente". O que isso quer dizer?

Victória Nader escreveu:Oi colegas, boa noite!!
Primeiro, queria dizer que achei muito legal conhecer outros vários termos que nos aproximam mais da obra de Bion, gostei bastante!
Agora em relação as dúvidas:
1) Quando se fala em “grau de falsidade”, referente ao termo “Falsidade” do glossário, queria entender se esse grau é em relação ao entendimento do indivíduo sobre tal fato. Por exemplo, uma interpretação feita com o olhar do sujeito sobre alguma “Verdade”, já possuiria um certo grau de falsidade por ser um olhar, automaticamente, não neutro (  envolvendo a trajetória de vida do indivíduo, se é saudável ou nao, etc. ) Então, esse grau varia de acordo com a interpretação do indivíduo? Fiquei pensativa sobre, não sei se consegui me explicar
2) Quando li o termo “gêmeo imaginário”, pensei em Alter Ego.. Seria possível fazer essa analogia?
3) Quando fala-se em “mentalidade grupal”,  é possível dizer que é  algo variável de acordo com o momento em que o grupo vive? Isso se altera de acordo com a evolução e maturidade que é adquirida ao longo do tempo?
Beijos, até quinta!!!

A tua colocação sobre a "falsidade" me deixou pensativa também hahaha O que eu entendi sobre é que todo ponto de vista de qualquer pessoa sobre qualquer coisa será falso, uma vez que "a verdade" é algo absoluto, então sempre que a visão de alguém for comparada com a verdade, essa visão terá pontos falsos. E o "grau de falsidade" seria o quanto a visão daquela pessoa se afasta da "verdade" sobre os fatos, que é concreta, absoluta e nada pode alterar. E que falsidade e mentira diferem porque na falsidade não há intenção, é apenas, como tu disseste, o olhar não neutro da pessoa, e a mentira é a distorção da verdade e com intenção de distorcer mesmo. Faz algum sentido isso ou deixei tudo ainda mais confuso??

Oi gente!!! Tudo bem?
Achei o glossário extremamente esclarecedor, e acredito que vai facilitar muito nosso entendimento de Bion. Primeiro, fiquei pensando sobre o conceito de "at-one-ment", e se essa união mística poderia ter a ver com o que muitas religiões pregam de que seu Deus em questão está dentro de todos, se isso seria um exemplo disso. No conceito de evidência, quando abordada a questão de que existe risco de o psicanalista preencher o vazio de nossa ignorância com diversos artifícios, fiquei pensando se teria a ver com a capacidade negativa do psicanalista de suportar as incertezas e até mesmo nossas ignorâncias. Fiquei pensando também se os elementos beta podem ser evacuados através dos sonhos, ou se isso seria impossível visto que eles não foram nomeados ou transformados em imagens visuais. Se possível, gostaria de um exemplo da tríade da personalidade psicótica abordada no glossário (curiosidade, arrogância e estupidez), pois não entendi muito bem ao que esses conceitos fazem referência. Pude notar semelhanças no conceito de não-seio de Bion com o seio mau de Klein, e gostaria de saber se eles realmente são a mesma coisa, ou seja, o seio que frustra, que não está presente. Pensei também se no conceito de Objeto Bizarro, a pessoa pode chegar a desenvolver delírios persecutórios devido a se sentir perseguida e ameaçada por esses objetos internos que ela projeta, ou se esse fenômeno ocorre de forma totalmente inconsciente.

Oiiiiii!!!
Muitos conceitos não ficaram claros para mim, sobretudo: At One Ment, crescimento mental, dor, falsidade, grade e ideograma.

De forma geral o glossário me ajudou a entender melhor Bion, porém gostaria que fosse melhor explicado dois conceitos, que não creio ter entendido com clareza, são esses:
1)Dor
2)Falsidade

Olá!!
Também achei muito esclarecedor esta leitura do glossário; Enquanto lia sobre os elementos beta e alfa, fiquei me questionando se, os elementos beta são transformados em alfa apenas através do continente ( o psicanalista ou a mãe, por exemplo), ou se essa transformação pode ocorrer "sozinha", de forma independente?

Tenho dificuldade em entender conceitos psicanalíticos explicados fora de contexto. Bion tem uma vasta obra, encharcada por suas experiências pessoais (carga espiritual oriental, estilo parental, educação em internato, participação em guerras, dentre outras). Zimerman faz um trabalho excelente ao elencar 114 conceitos medulares aqueles que desejam ler a obra Bioniana. Contudo, meu foco de atenção está em compreender o ato analítico (bem como o funcionamento dos grupos) sob a ótica inter-subjetiva e inter-psíquica, na perspectiva de Bion Para tanto, acredito que meu compreender conceitual se elucidaria estudando "de trás para frente", começando pelo "objetivo-fim" da análise. Sendo assim: como, na perspectiva bi-pessoal de Bion, se dá a ELABORAÇÃO PSÍQUICA? Há "evolução" da ELABORAÇÃO em Bion desde sua formulação em Freud?

Helena Bohm Ulguim escreveu:Olá!!
Também achei muito esclarecedor esta leitura do glossário; Enquanto lia sobre os elementos beta e alfa, fiquei me questionando se, os elementos beta são transformados em alfa apenas através do continente ( o psicanalista ou a mãe, por exemplo), ou se essa transformação pode ocorrer "sozinha", de forma independente?

Também fiquei pensando nisso! Acho que seria necessária uma função alfa para tal. Primeiro achei que seria possível espontaneamente pelo Reverie...mas lendo o conceito ele me pareceu semelhante a função alfa (indispensável que a mãe possua para o filho também possa desenvolvê-la)

Lendo o Glossário Introdutório vi que não consegui entender quando Bion refere-se a Cultura grupal e a Mentalidade grupal. O que me parece é que a Cultura grupal é como o grupo se organiza dependendo da mentalidade total do grupo e a mentalidade individual de cada indivíduo e entre isto ainda pode ocorrer os conflitos. E nisto tudo onde está o líder que pelo que entendi não deve ser o psicólogo? Outro ponto que gostaria de entender melhor é sobre a dor psíquica, onde Bion prefere que seja enfrentada a dor, para aprender com as experiências emocionais e como fica isso no grupo ?? O Splitting estático protege da dor psíquica do insight?? A respeito da memória também fiquei em dúvida, quando está saturada é usada negativamente, ou seja, não ajuda o paciente, seria isso?? E quando está no estado de evolução é produtiva para a análise?? Parte psicótica da personalidade entendi que todo o indivíduo neurótico tem uma parte psicótica, gostaria de exemplo para melhorar o entendimento.

Maria Ferretti escreveu:Oiiiiii!!!
Muitos conceitos não ficaram claros para mim, sobretudo: At One Ment, crescimento mental, dor, falsidade, grade e ideograma.

Oi Maria! Também confesso que fiquei bastante confussa com alguns conceitos. Alguns esclarecem e outros parecem confundir ainda mais. A perspectiva reversível parece simples mas quando o texto ressalta que não se pode confundir com reversão de perspectiva já não compreendi. Acredito que com as explicações da Lucia esses conceitos vão ficar mais claros.

Oiii
Achei o glossário muito informativo, tive conhecimento de termos que eu realmente não conhecia. Mas ainda assim, acho difícil de entender totalmente quando estes estão soltos e não tem algum contexto para acompanhar.
Gostaria de saber a respeito de exemplos mais concretos sobre o conceito de "dor" e também queria entender melhor a escala evolutiva de pensamento, referente ao conceito de "pré concepção".

Boa noite, achei boa a leitura do glossário. Porém fique com dúvida de alguns tópicos:
Establislunent;
Pantalha Beta;
Reversão da função alfa;

Boa noite gente, achei o glossário introdutório bastante esclarecedor, porém permanecem minhas dúvidas quanto aos conceitos seguintes:
1- "At-One-Ment": entendi que significa uma concepção de unicidade, de união com algum fator, porém, fiquei em dúvida se seria uma união do indivíduo com a divindade - algo superior, se seria uma união do indivíduo consigo mesmo ou se seria a união do indivíduo com a mente de outro indivíduo.
2- Invariância: entendi que seria um pensamento que não varia, sendo assim, seria um pensamento doentio causador de sofrimento psíquico. Porém, se a realidade psíquica do indivíduo é invariante, o mundo externo também se torna invariante?
3- Não entendi, na totalidade, os conceitos de: falsidade e númeno.
Beijos,até amanhã <3

Achei o glossário interessante, porem tive duvidas sobre alguns conceitos, como por exemplo, establishment e outros que já foram citados neste fórum.

Eduarda Martins escreveu:As leituras no geral estão sendo bem tranquilas para mim, a última aula me tirou muitas dúvidas. Gostei de ler o glossário também porque com ele temos mais base sobre os textos.
Então a minha primeira pergunta é sobre o superego para Bion. Não ficou claro para mim o que é o superego para o Bion e como ficaria o ego e o id sem o  superego, se ele é apenas uma parte do self do paciente psicótico?
E também, apesar de ser falado bastante na última aula, gostaria de saber mais sobre a formulação de Bion a teoria de Klein, da passagem da fase esquizo-paranoide para a depressiva, porque não ficou muito claro para mim a formulação dele. E como essas posições se relacionam com o grupo exatamente, fazendo um link com os supostos básicos?

oi!
Achei muito pertinente esta última questão que formulaste sobre a passagem das fases e, especialmente como se dá esse movimento no "grupo". Estou pensando, por exemplo, na situação do nosso país e a grande polarização (política) que vivemos, será que não estamos nessa condição porque não conseguimos integrar a "mãe boa com a mãe má", ou seja, está nos faltando a capacidade de fazer a relação entre prazer e realidade, entre tudo meu, tudo pra mim e o reconhecimento da impossibilidade desta fantasia? gostei da questão...

Boa noite, pessoal!
Gostei da leitura do glossário, pois esclareceu algumas dúvidas que eu tinha em relação aos termos.
Referente a aula passada surgiu uma dúvida que seria se o mecanismo de defesa identificação projetiva se refere ao suposto básico acasalamento ou luta/fuga? E o mecanismo da cisão se refere ao suposto básico luta/fuga? Visto que a cisão é um mecanismo que são partes minhas( de amar ou odiar, de gostar ou não de uma pessoa) e como no suposto básico luta/fuga tem a formação dos subgrupos, acredito que talvez a cisão seja o mecanismo deste suposto.
Quanto a leitura do glossário fiquei em dúvida nos termos: grade ( vi que outros termos ocupam lugar nessa grade), dessa forma gostaria de compreender melhor. Como também não entendi bem o termo "establislment" e o porque dele ameaçar a estabilidade da figura do místico.
Além disso, me questiono porque a curiosidade teria um sentido negativo de patologia associada com a arrogância e a estupidez, nas personalidades psicóticas? Por fim, tenho sempre dificuldade em entender bem o que seria a parte psicótica da personalidade, talvez com um exemplo fique mais esclarecido.

Beijos, até amanhã!

Alessandro Silveira escreveu:

Helena Bohm Ulguim escreveu:Olá!!
Também achei muito esclarecedor esta leitura do glossário; Enquanto lia sobre os elementos beta e alfa, fiquei me questionando se, os elementos beta são transformados em alfa apenas através do continente ( o psicanalista ou a mãe, por exemplo), ou se essa transformação pode ocorrer "sozinha", de forma independente?

Também fiquei pensando nisso! Acho que seria necessária uma função alfa para tal. Primeiro achei que seria possível espontaneamente pelo Reverie...mas lendo o conceito ele me pareceu semelhante a função alfa (indispensável que a mãe possua para o filho também possa desenvolvê-la)

Estou torcendo para que esta questão seja acolhida, pois ela pode se referir a finalidade mesma da psicanálise. Entendo que, na psicanálise, trata-se de povoar o ainda desconhecido, de "levar consciência" onde ainda paira o que é inconsciente. Assim, faz pôr a consciência como uma tarefa, é um fazer, uma atividade de busca e de construção, ou reconstrução. Desta maneira as ideias de função alfa, capacidade de pensar, representam o resultado de um encontro, de uma caminhada de esclarecimento. A psicanálise se justifica nisso, gostaria de discutir mais este ponto...

Achei muito interessante a dúvida da Helena.. no primeiro fórum sobre Bion já havia comentado que gostaria de ouvir a professora falar sobre os conceitos básicos de Bion como Continente e Conteúdo.
Também gostaria de ouvir mais sobre os elementos alfa e beta.

Achei muito interessante e esclarecedor o glossário, gostaria de saber mais sobre alguns conceitos como At-one-ment, comensal, a questão da curiosidade mas personalidades psicóticas, falsidade, gêmeo imaginário..
Até amanhã!!!

Boa noite pessoal!
Achei bem interessante a leitura do glossário e bem esclarecedora em alguns aspectos, porém, alguns conceitos não ficaram muito claros para mim, entre eles está dor, falsidade, e também gostaria de entender um pouco melhor o que seria o superego para Bion.